IGP-M: saiba mais sobre o índice e como calculá-lo

Muitas pessoas já conhecem o IGPM por causa do reajuste anual de aluguéis, mas para que você fique por dentro de tudo sobre o índice, nós vamos explicar porque ele é usado, e no final como você pode calcular de forma fácil.

O que é?

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), foi criado pela Fundação Getúlio Vargas no ano de 1989.

Ele surgiu como uma versão para o mercado financeiro do IGP (índice Geral de Preços), que durante anos serviu para retratar a inflação de forma oficial em nosso país.

O IGP-M é usado para demarcar os reajustes de alguns preços como os de contratos, inclusive de aluguéis e também de energia elétrica, universidades, escolas, imóveis, alguns planos de saúde, dentre outros.

Apesar de parecer, o IGPM não tem conexão nenhuma com o governo, não é uma inflação oficial, no entanto é considerada muito importante por ser calculada por uma instituição independente.

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Como funciona o reajuste do IGP-M?

O cálculo de IGP-M é feito mensalmente, considerando o período do 21º dia do mês ao 20º dia do mês seguinte e também leva em consideração outros índices como o IPC, IPA e INCC da seguinte forma:

Índice de Preços por Atacado (IPA): 60%

O reflexo deste índice é sobre o valor adicionado na produção de bens industriais, agropecuários e transações comerciais.

Ele é o mais relevante (60%) porque compete a maior parte das transações.

Alguns exemplos do que ele abrange são: alimentação, embalagens, suprimentos, produtos químicos, máquinas e equipamentos, carvão mineral, componentes e materiais para manufatura.

A medição é dividida em seis grupos, que são:

Produtos Industriais da Indústria Extrativa, Produtos Agropecuários, Bens Finais, Produtos Industriais da Indústria de Transformação, Bens Intermediários e Matérias Primas Brutas.

Índice de Preços ao Consumidor (IPC): 30%

Este índice representa o adicional dos serviços de consumo das famílias e do setor varejista.

Ele, acima de tudo, mensura a variação de uma classe de bens e serviços que fazem parte das despesas comuns de famílias, considerando renda entre 1 e 33 salários mínimos.

Ele é obtido em sete municípios do Brasil, sendo: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre.

Também é dividido em grupos: habitação, alimentação, saúde e cuidados pessoais, vestuário, educação, leitura e recreação comunicação, transportes e despesas diversas.

Índice Nacional de Custos da Construção (INCC): 10%

Também usa como base as mesmas sete capitais do IPC, e mede a evolução dos custos referentes à construção civil, dividindo em mão de obra, materiais, equipamentos e serviços.

Essa mesma metodologia de cálculo é usada para outras três versões de IGP, trazendo alterações apenas no período de aferição, que são os seguintes:

IGP-DI – 1º ao 30º dia de cada mês e

IGP-10 – 11º dia ao 10º dia do mês seguinte.

Como calcular o índice do IGPM

Os reajustes de contratos e despesas que levam em consideração o índice do IGP-M são feitos de forma anual, e para isso, deve-se usar o índice acumulado dos últimos doze meses, ou seja, na 13ª parcela você pagará o valor com reajuste e assim atualiza todos os anos.

Você pode encontrar os índices de IGP-M neste link.

Esta é a última atualização da tabela:  

Vamos exemplificar como ficaria o cálculo de reajuste de aluguel baseando-se nesta tabela, usando como referência o IGPM de janeiro:

Valor atual do aluguel:  R$ 1.600,00

IGP-M acumulado dos últimos 12 meses em %: 6,75%

As maneiras de calcular são:

Valor atual + Índice %: valor ajustado

1.600,00 + 6,75%: 1.708,00 ou

Valor atual x Índice (1,0 + 3 primeiros dígitos): valor ajustado

1.600,00 x 1,0675: 1.708,00.

Simples, não?!

Agora que você já é expert sobre o IGP-M, caso esteja pesquisando sobre imóveis para alugar ou comprar, você pode ver as melhores opções do mercado aqui na Triiio.

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